quinta-feira, 18 de junho de 2015

A Manjedoura do Rio Grande do Sul !

FOI MAIS OU MENOS ASSIM: (Resenha)


Um dia, homens e mulheres resolveram se fixar nas terras meridionais do Brasil e da América do Sul. Nessa época, fatos de bravura, lendas e narrativas faziam o registro do cotidiano dessa população que em seu pioneirismo legou a descrição  do ser GAÚCHO.
            Segundo sua gênese, o verbete “Gaúcho” possui manjedoura no pampa platino e denominava seres que não eram atrelados a reis, leis e compromissos com pátria ou nação, sendo assim, não eram atrelados a normas decretadas pela coroa de Portugal, e tão pouco regravam-se por estatutos da Espanha.
            Os ÍNDIOS, nativos que “recepcionaram” os exploradores europeus, englobavam-se num conjunto de tribos diferentes, há livros que de 05 a 08 tribos, que formavam a população nesta época.
            O primeiro grupo de “intrusos” (homem branco) objetivava escravisar os filho natos desta “querência”, como de fato o fizeram.Em meados de 1580, bandeirantes paulistas penetram no sul do Brasil aprisionando povos nativos para o trabalho escravo. Após estes, jesuítas espanhóis aqui se instalam para “rebanhar” o povo “incrédulo” no processo que ficou conhecido por MISSÕES JESUÍTICAS ,com o objetivo de catolicizar os nativos.Têm-se aí os primeiros entraves de guerra (repulsão) entre nativos e exploradores.
            Quanto aos bandeirantes, sabemos que seu objetivo era buscar nos índios mão de obra, pois tais possuíam práticas de cultura. Daí o interesse covarde de Raposo Tavares e outros.
             Tratando-se dos jesuítas, a exploração era um pouco disfarçada, e com o álibi da catequização, se tornou até um favor, o que os membros da Companhia de Jesus fizeram aos  nativos. Mas isso é assunto para próxima coluna.
            Falemos agora, um pouco sobre as manifestações culturais do povo gaúcho:
TROVA:
             Pertencendo à literatura oral, é tida junto com a poesia, como a primeira manifestação artística do gaúcho, têm-se convicções que foi a primeira manifestação artística da humanidade, após as pinturas rupestres ainda no tempo dos hominídeos. Os cantores de trova, já eram responsáveis pelos intercâmbios entre as dinastias faraônicas e os grandes impérios, a trova do larai, vem como a primeira demonstração, advinda de antigos lenhadores gregos. Homero, descende dessa arte que gerou ramificações que até hoje são praticadas.
            Na atualidade, a trova consiste num trocadilho de versos onde os trovadores exibem habilidades e destreza de pensamento, além do talento natural de quem nasceu trovador. O assunto vai tomando consistência, conforme se alternam os versos. Antigamente, a trova se estendia por horas até que o cansaço vencesse um dos trovadores o qual entoasse o verso de despedida, seguido pelo companheiro o qual encerrava a trova. Naquele tempo, erros de concordância verbal e até mesmo rimas encostadas passavam sem que houvesse cobrança. Hoje em dia, com os festivais, o número de versos é limitado, devido à quantidade de concorrentes que formam as duplas.
            Antigamente, num tempo não tão distante a trova era tida como arte de desocupados, bêbados ou sujeitos sem notoriedade. Hoje, com os temas e o controle dos festivais, a trova tornou-se mais aculturada (intelectualmente) e os trovadores são tidos como sábios intelectos do verso natural, o que de fato realmente são.



Fonte: MARQUES, Lílian Argentina B. e outros. Rio Grande do Sul: Aspectos do Folclore.Porto Alegre: Martins Livreiro, 1995.

            KICH, Bruno Canísio. Pequena Enciclopédia gaúcha. Porto Alegre: Corag, 2004.

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