A RESPEITO DOS
JESUÍTAS.........
Estabelecidos
no atual território do Uruguai, Argentina, Paraguai e Rio Grande do Sul,
somavam aproximadamente três dezenas sendo sete delas (no mínimo) fixadas no
Rio Grande do Sul.
Essas
reduções, foram a primeira tentativa de aculturamento e socialização dos povos nativos, tentando
incluir a cultura e a religião européia.No início, mesmo com algumas
represálias a Companhia de Jesus obteve um êxito considerável e por longo tempo
se conseguiu socializar e até mesmo
evangelizar (catequizar) os índios.
No entanto, em
1750, com o tratado de Madrid, ficou estabelecido que as terras pertencentes a
oeste de Tordesilhas (tratado de 1494) passariam a pertencer ao reino de
Portugal e que Espanha ficaria com as terras a leste desta demarcação..
Portugal ao se
tornar senhor destas terras as quais são conhecidas como Província da
Cisplatina, tem por iniciativa expulsar os nativos, que em contrapartida
resistem como podem.Trata-se da Guerra Guaranítica, onde surge o herói Sepé
Tiarajú.Seu brado de “ESTA TERRA TEM DONO’’ até hoje é tido como referência
para impor respeito e inibir “invasores” que menosprezem o povo gaúcho.
Sepé e uma
frota de 1800 homens, onde se destaca a figura de Langyru deram pouca
resistência, mas causaram grande repúdio da parte de Marquês de Pombal, que
ordena a expulsão dos Jesuítas e seus cervos indígenas em 1759.
Para
salvarem-se, alguns índios recuam para terras platinas e ao regressarem seu
número vem reduzido em grande escala.Segundo Prof. Inácio Shmitz, do Instituto
Anchietano de Pesquisas apenas dez por cento dos nativos retornou ao território
que antes a eles pertencia.No período de 1750 a 1800, se forma no pampa desde a
Argentina, o Uruguai e o atual território do Rio Grande do Sul, uma cultura
ímpar e diferenciada o que é fruto da missigenação que entrelaça valores nativos e europeus.
O homem vindo
de outras terras teve de adaptar-se às circunstâncias da região, primeiro
povoou as planícies, após as regiões mais altas e os planaltos e por fim a
serra.
Sobre nossas
manifestações artísticas, falemos dos CONTOS DE CAUSOS:
Após falarmos
sobre a trova, vamos agora ao conto de causos, que também é antigo na forma de
arte gaúcha e brasileira.
Trata-se de
pequenas histórias ou estórias, pelo fato de poderem ser verídicas ou não,
geralmente tratam assunto que revelam o meio ambiente do narrador.Segundo
Renato Almeida, os causos são “episódios acontecidos com contadores, ou assim
relatados, enfeitados pela fantasia .Os maiores contadores de causos são os
antigos tropeiros (hoje raros) e os caçadores e pescadores”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário